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Uma greve geral convocada pelas maiores centrais sindicais brasileiras busca chamar a atenção do País para as terríveis  propostas do governo ilegítimo e usurpador de direitos de Michel Temer: a reforma Trabalhista e a reforma da Previdência. Inúmeras categorias vão aderir ao movimento que denuncia mudanças na legislação e na Constituição.

É cada vez mais nítido para a população que esse projeto visa tirar direitos e garantias da classe trabalhadora para entregar ao grande capital privado. Uma espécie de Robin Hood às avessas. Só a força da população e dos movimentos sociais para mudar este quadro.

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Robson Leite no Instagram

Com apenas 7% de aprovação, investigado por corrupção, organização criminosa e obstrução da justiça, isolado pelo povo e por grande parte da base aliada, Michel Temer aprofunda a sua imagem de presidente ilegítimo. A unidade dos movimentos populares e sindicais contra o golpe entra agora em nova fase, tendo à frente da luta contra o retrocesso a bandeira política das Diretas Já, única capaz de repactuar o país em torno de um projeto popular de nação.

Este é o cenário mais geral que possibilitou a vitoriosa Greve Geral realizada no último dia 28 de abril. Nela, mais de 40 milhões de trabalhadores cruzaram os braços em todas as capitais brasileiras e centenas de cidades, impondo prejuízos incalculáveis aos patrões. Garagens, trens, metrôs, estradas, fábricas, lojas e ruas completamente vazias e silenciosas.

Um silêncio cheio de mensagens que furou o bloqueio da grande mídia. Já não foi possível negar a participação dos trabalhadores, nem forjar o caos no trânsito, muito menos basear a cobertura no descontentamento nos pontos de ônibus: não havia passageiros nem motoristas. Os bloqueios de estradas, avenidas e grandes atos, realizados pelos movimentos populares do campo e da cidade fortaleceram o clima de unidade.

A greve, somada ao dia 28 de maio em Brasília, bem como aos atos pelas Diretas Já em todo o país, representa a entrada dos trabalhadores na cena política nacional. Uma entrada que já impõe recuo as forças golpistas: a vitória na Comissão de  Assuntos sociais (CAS),  que reprovou o relatório do governo para a Reforma trabalhista, assim como o freio na Reforma da Previdência, são resultado deste processo.

Tais vitórias, contudo, dependem da continuidade das manifestações e do crescimento do movimento nas ruas.  É nesse intuito que trabalhadores de todo  o país se preparam para mais uma grande mobilização nacional no dia 30 de junho com a mensagem “Parar o país contra as Reformas”. Novamente a paralisação é convocada pela unidade das centrais sindicais contra os retrocessos. Parar o trabalho e a produção é a principal demonstração de força que o povo brasileiro pode dar, é a mensagem de que os trabalhadores existem, tem projeto e estão dispostos a lutar para defender seus direitos.

Fonte: Brasil de Fato