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Nesta sexta-feira (02/09), depois de muita luta e mobilização, o Sindicato dos Músicos do Rio de Janeiro e a Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira (FOSB) assinaram um acordo que prevê a reintegração dos músicos demitidos pelo confronto com o Maestro Minczuk e que aponta para o fim da grave crise envolvendo as partes.

“O acordo provou a força dos músicos, que mesmo diante das grandes dificuldades de negociação, não se desmobilizaram. A união dos instrumentistas, dos amigos e familiares da OSB, da Orquestra e do grupo jovem foi a grande vitória desse processo”, afirmou Robson Leite, presidente da Comissão de Cultura e um dos mediadores do acordo. “Destaco a participação da deputada federal Jandira Feghali, que esteve durante todo o processo de negociação na defesa dos músicos. Também foram importantes os apoios do deputado Marcelo Freixo e do verador Reimont”, completou Robson.

Segundo o texto firmado, junto com a reintegração dos instrumentistas será formado um novo corpo orquestral, não vinculado à regência do Maestro Minczuk. Os músicos tem dez dias para manifestar o interesse em reassumir suas vagas na Orquestra – caso optem pelo não reingresso, terão sua demissão por justa causa convertida em dispensa imotivada, recebendo assim as verbas rescisórias previstas em lei e garantindo o plano de saúde corporativo por mais seis meses.

Além disso, a FOSB pagará aos instrumentistas que optarem por retornar ao quadro da fundação os respectivos salários e valores referentes ao uso do direito de imagem relativos ao período entre as demissões e as readmissões. No campo artístico, fica prevista a possibilidade de intercâmbio entre os dois corpos orquestrais, a partir do planejamento da programação.

O acordo representa uma grande vitória dos músicos da OSB e de todos que, como Robson, firmaram posição de defesa dos instrumentistas. Aqui na Alerj, com a Comissão de Cultura, realizamos duas audiências públicas pela democracia e pelos direitos dos músicos.