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Há 21 anos morria Paulo Freire, patrono da educação no Brasil e nosso intelectual mais referenciado em pesquisas científicas no mundo. Sei que muitos vão protestar contra esse post, pois vivemos um tempo difícil onde o ódio tem feito com que as posições baseadas apenas em pressupostos se sobreponham aos dados e análises de pesquisas.

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Robson Leite no Instagram

Essa tentativa completamente descabida, e sem a mínima referência acadêmica, de desconstruir Paulo Freire – o autor brasileiro mais lido nas principais universidades do mundo, sobretudo na área de Educação, quando ele se torna também o mais lido entre todos os autores dessa área – só encontra justificativa em um único fato: a metodologia pedagógica criada por Paulo Freire incomoda muito os detentores do poder econômico que rejeitam completamente qualquer possibilidade de se realizar distribuição de renda.

Um pensamento anacrônico e egoísta que tem levado nosso país ao caos, sobretudo nos últimos dois anos. O “perigo” de seu método – que fez com que a ditadura militar brasileira o transformasse em último preso político a ser anistiado no Brasil – reside no conteúdo da “pedagogia do oprimido”, onde ele ensina conscientizando o povo pobre e oprimido. Joga luz sobre as injustiças e desnuda os mecanismos de opressão existentes no mundo.

Em uma de suas frases célebres, Paulo Freire afirmava que “seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira crítica”. Triste é ver quando o próprio povo pobre e oprimido acaba sendo manipulado pelos opressores para odiar aqueles que tentavam simplesmente retirar as vendas dos seus olhos e os ensinar a pensar.

Viva Paulo Freire! Viva a educação libertadora!